Sala de Aula
Tecnologia / media

APOSTAR NA Literacia digital e da informação
Constituem hoje componentes básicos para professores e alunos, ainda mais quando se projeta a “escola do futuro”. Portugal está a fazer o seu caminho
O rápido avanço tecnológico da ainda curta era digital tem trazido muitos benefícios à educação e, principalmente a partir da Web 2.0, inúmeros desafios. A informação é partilhada e pode ser construída individual ou colaborativamente; multiplicam-se as ferramentas, programas informáticos e aplicações que podem transformar, por exemplo, um pequeno ecrã de um telefone móvel numa enorme sala de aula; a biblioteca deixou de estar compartimentada para passar a uma imensa “nuvem”, onde, à distância de um clique, se encontra uma quantidade imensurável de conteúdos em diversos suportes (escritos, imagens, audiovisuais), nas mais variadas línguas. Como disse o sociólogo espanhol Manuel Castells, esta vivência em rede requer “o desenvolvimento de competências para que os participantes possam compartilhar experiências e realmente construir conhecimentos em conjunto e em larga escala”.
Metas para os próximos 13 anos
Para descodificar este admirável mundo praticamente novo são, pois, necessárias aptidões de pesquisa, seleção, processamento e interpretação da informação sobre tecnologia, os conteúdos web e os seus usos, principalmente num país como o nosso, em que apenas 47% dos indivíduos possuem competências digitais básicas ou mais que básicas (dados governamentais de 2016). Ciente desta problemática, em abril passado o Executivo apresentou o programa Portugal INCoDe.2030, para melhorar as competências em tecnologias de informação e comunicação e que define diversas medidas até 2030, em várias áreas, incluindo a da educação. A iniciativa aponta, por exemplo, para a promoção da inovação pedagógica nos processos de ensino-aprendizagem e para o desenvolvimento e a divulgação de recursos educativos digitais para todos os graus de ensino.